QUANTO PERDEMOS DE SANGUE DURANTE A MENSTRUAÇÃO?
Esta foi
uma das perguntas que respondemos no primeiro dia do Curso de Saúde Integral da
Mulher, num teste sugerido pela professora Antonella Vignati, sobre os nossos
conhecimentos do ciclo menstrual. Tamanha foi a minha surpresa de constatar o
quanto eu não sabia ou não tinha certeza sobre o que acontecia comigo todos os
meses. Mesmo tendo um corpo de mulher, menstruando desde os 12 anos, tendo
acesso amplo a informações sobre o assunto e observando energeticamente como
estes ciclos funcionam.
As questões eram aparentemente simples: quais os tipos de muco cervical que produzimos no ciclo; quais as fases do ciclo ovárico e do ciclo uterino; como sabemos que a ovulação ocorreu, por exemplo.
Vimos na
sequência uma citação que falava que essa ignorância é proposital, uma forma de
controle também sobre nossos corpos, desde que os saberes ancestrais do
feminino foram excluídos da medicina:
“O
analfabetismo atenta contra a autoestima e reduz a participação social (...).
Deixa-me estupefata o fato que a maioria das mulheres cultas, educadas nos
países desenvolvidos, vivem com outro tipo de analfabetismo: não sabem ‘ler´´
nem perceber seus corpos. Pelo contrário, é-lhes ensinado a desconfiar dos seus
corpos e a aceitar várias maneiras artificiais de os manipular”. (Laura
Wershler, defensora veterana da saúde
sexual e reprodutiva e membro da Society for Menstrual Cycle Research).
Ela fala
de “países desenvolvidos” e entendo que a referência dela é o desenvolvimento
econômico capitalista. Até porque muitas mulheres de povos originários, em
várias partes do mundo, em geral, tem muito mais consciência do seu corpo, seus
ciclos, e, o melhor, da conexão dos seus corpos (e da sua existência) com os
ciclos da natureza.
*Resposta
da primeira pergunta: numa menstruação considerada normal, em média perdemos 50
ml de sangue (menos de 25 ml é considerado escasso e mais de 80 ml, excessivo).
E dá para medir? Sim: 10 tampões ou absorventes (pensos) normais ou 5 maxi ao
longo do período. Não deve ser preciso mudar mais que cada 2 horas, nem ter que
levantar durante a noite para trocar.
Por
Neusa Rodrigues
Comentários
Enviar um comentário