LÍBIDO - PODER, CRIATIVIDADE E PRAZER
A libido num grande espiral: eu comigo, eu com o outro, eu com os outros
De todas desconexões que fizemos,
mulheres e homens, ao longo dos séculos, uma das maiores foi dissociar os
efeitos da libido que refletem em nossos corpos e nas nossas relações da nossa
energia de vida, do nosso tesão em estar vivo. Até hoje quando se fala em
libido o que vem logo a mente, por uma série de condicionamentos externos, é o
desejo sexual. Estar consciente para perceber que esta energia está em nós
desde bebês, antes mesmo de estarmos prontos ou querermos fazer sexo. E é ela
quem nos leva a realizar sonhos e vontades, ao movimento que nos leva a criar e
ao prazer de ver o que criamos.
O desejo sexual que sentimos quando
adolescentes e adultas faz parte desta energia. É preciso estar viva para
querer e desejar. É estimulante saber
com o corpo o prazer que o sexo pode provocar para procurar sentir essa energia
vital em seu corpo e também experienciando o corpo do outro ou da outra. Mas,
tirando a fase da pujança de hormônios que vivemos na adolescência ou no começo
de algumas relações, no geral, para que essa libido surja também é necessário
estar descansada, nutrida, aberta para receber, para relaxar e gozar tudo o que
a experiência permite.
Tudo o que fazemos no cotidiano,
o quanto respeitamos e priorizamos nossas vontades e sonhos em casa, no
trabalho, nas relações; a forma com lidamos com as críticas; as atividades que
realizamos para nos divertir, nutrir, relaxar. Tudo está interligado e
influencia na nossa energia de vida, na nossa libido.
Se olharmos para o nosso dia, a
nossa vida agora, e constatarmos que não está sendo prazeroso, gostoso, muito
menos é uma fase que faz bem ao meu propósito é tempo de fazer rupturas para
resgatar a libido, o prazer de estarmos vivas e criando vida neste mundo. Cuidar da nossa libido é cuidar da nossa
criança interna que sonha, que sabe desde sempre o que nos dar prazer (e chora,
grita e esperneia quando é afastada do objeto do seu prazer). É ter consciência
do prazer que leva à expansão de vida, uma caminho espiral ensinado pelos
ciclos femininos.
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