Mudar

 O movimento e a mudança são uma constante da vida. Há muito, muito tempo que nós humanos sabemos isso. E é uma verdade tão natural e universal que se expressa constantemente, materializa-se, faz parte integrante de todas as nossas experiências. 

Mas então porque resistimos ao movimento, à mudança?

Porque nos apegamos às estruturas que construímos, porque nos prendemos a padrões que nos trazem uma ilusão imatura de segurança e apoio. 

Porque nos esquecemos que o propósito da construção contém em si mesmo o potencial destruidor que há-de reduzir tudo a cinzas para daí construir algo novo. O ciclo. A síntese. A natureza. A evolução. 

Resistimos porque estamos desconectadas. Resistimos porque temos medo. Resistimos porque estamos infantilizadas, domadas, adormecidas.

Seguir em harmonia com o fluxo da vida, aceitando e experienciando os seus diferentes aspectos pede uma re ligação à natureza, uma re conexão à nossa essência. Pede maturidade. Aquela que nada tem a ver com idade, mas com a capacidade de dar significado à vida como ela nos chega. A sabedoria que vem da fé no processo amoroso e livre que é a mudança.

Nós humanos, amadurecemos em conjunto, em círculo, em abraço, em espelho. Precisamos uns dos outros para crescer, para evoluir, para mudar. Para construir e desconstruir. 

É isso que fazemos no Tanto Mar. 

Devolvemo-nos os espaços e os tempos necessários à conexão, ao cuidado e respeito por tudo o que somos, por tudo o que é. Devolvemo-nos o espaço da partilha, do estar presente, da simplicidade. Procuramos criar uma rede que sirva de apoio ao crescimento de cada mulher que chega até nós. 

“Vai com medo, mas vai na mesma”. E vamos. Porque vamos juntas!

texto e imagem Catarina Ferreira

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